O rio vai e vem em suas ondas trazendo gentes, gentes que moram longe e vêm para a cidade em busca de felicidade, escola e trabalho. Além da cidade, do outro lado vemos pessoas felizes e humildes que recebem o povo da cidade como se fossem grandes artistas, dos bem famosos, recebem agente com alegria.
Além disso, o rio traz paz para quem o observa. Quando estamos tristes ou magoados podemos buscar outros sentimentos, só sentando em um banco ou indo ao trapiche da UFPA, onde o rio sempre estará fazendo seu canto, onde os barcos sempre roncando e os pássaros felizes entoam seu canto, assim esquecemos as tristezas.
O Rio também com sua beleza nos mostra a grande natureza, do outro lado vêm riquezas que mostram nossa cultura. No rio também tem peixes e camarões de onde muitas pessoas tiram seu sustento, assim como os barcos, de um lado pra o outro, fazendo o transporte da população. Claro tem suas precariedades, mas mesmo assim temos coragem, enfrentamos o medo, e seguimos a viagem, indo de um lado para o outro do rio.
Por Leandro Orlando Souza Da Silva, 16 anos, participante da oficina literária “Memórias do Guamá”.
Violência
Desde a infância até o desenrolar dos anos, que nos trazem a noção da realidade deste meio em que vivemos, no qual na inocência da infância parecia ser um lugar onde podíamos brincar como se o tempo nunca fosse passar, mas infelizmente ele passa, e com ele traz a verdadeira noção do ambiente em que vivemos.
Um ambiente diverso, ao mesmo tempo em que é bom, por ter hospitais, feiras e transporte perto, vivemos de corpo presente com a violência descontrolada e o abandono do poder público que, cada vez mais se esquece de sua verdadeira função, que é ajudar o povo que o coloca lá, e só lembram de seus interesses particulares e seu bem estar.
Cada vez mais nossos amigos queridos, com quem crescemos juntos e compartilhamos alegrias e brincadeiras, se perdem na vala do esquecimento, sendo julgados como animais, sendo descriminados, como pessoas que não prestam.
Claro que nada justifica a criminalidade, e que podemos sim mudar a realidade de nossas vidas se realmente tivermos força de vontade, mas crescendo entre as ruelas deste bairro, tendo a violência como vizinha, sem oportunidade de educação digna, sem orientação e com o dia-dia em que vivemos é difícil seguir o bom caminho. Esta realidade só mudará quando eles pararem de encher seus bolsos com o sofrimento dessa gente tão carente e ter um pouco mais de amor e compaixão ao próximo.
Por Kele Suane Pereira, 16 anos, participante da oficina literária “Memórias do Guamá”.
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